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INESC TEC participa no primeiro “living lab” de energias renováveis no Porto
#Redes Elétricas Inteligentes
09 abril 2021
O “Asprela + Sustentável”, novo “laboratório vivo” de energia da cidade do Porto, já começou a ser desenvolvido e conta com a participação do INESC TEC entre o consórcio de 14 parceiros.
Para a criação da primeira comunidade energética renovável da cidade, que vai ser instalada no parque da Asprela para ensaiar modelos de microprodução de eletricidade para autoconsumo coletivo, o INESC TEC contribui com a análise dos fluxos energéticos e a definição da metodologia de medição do impacto.
Numa primeira fase, o grupo de trabalho do INESC TEC, liderado por Alexandre Lucas, vai focar-se na identificação da potência e na caracterização da infraestrutura – necessárias para estabelecer um ponto de referência comparável com os resultados observados numa fase mais avançada do projeto.
Numa segunda fase, o INESC TEC vai contribuir para a definição das metodologias de medição de impacto, uniformizando práticas e métricas a considerar para avaliação dos resultados do laboratório.
Além da caracterização da infraestrutura estática, caberá ao INESC TEC a caracterização das dinâmicas da comunidade. Para que a avaliação do valor acrescentado pelo projeto seja rigorosa, será necessário considerar dados relacionados com o esforço energético provocado pela região.
Em causa estarão, assim, métricas ligadas à mobilidade – não só a que se faz dentro da comunidade, mas também a que se faz de fora para dentro, uma vez que a população considerada nos consumos não é toda residente na zona.
Esta complexidade de variáveis, bem como a forma como se relacionam entre si, coloca o maior desafio para a equipa do INESC TEC, que terá de calcular a relação entre a energia produzida pela comunidade, o consumo real e o desperdício gerado.
Não sendo o único a nível nacional, o “living lab” de energia da Asprela é o primeiro em Portugal a funcionar como “sandbox”, garantindo total flexibilidade e escalabilidade para acolher outras experiências no futuro. O modelo pode, assim, ser desenvolvido continuamente, acolhendo novas tecnologias e elementos à medida que for sendo necessário.
Diferente dos laboratórios e espaços de experimentação tradicionais, o “living lab” permite testar políticas públicas em cenários reais e sem isolar variáveis, preservando o impacto de todas as variáveis externas e fornecendo uma observação de resultados mais rigorosa e próxima da implementação final.
Para o INESC TEC – e, em particular, para o CPES -, a experiência com o projeto consolida a experiência do centro numa das suas principais áreas de atividade e abre espaço para futuras réplicas ou adaptações.
O projeto “Asprela + Sustentável” foi aprovado com a classificação mais alta dos projetos a concurso no âmbito do programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono”, promovido pela EEA Grants. Reúne um consórcio de 14 parceiros, liderado pela Coopernico, e conta com um financiamento global de um milhão de euros.